Zero apoia a expansão gradual do Metropolitano de Lisboa para evitar a perda de financiamento.

Zero apela ao Governo para fasear expansão do Metropolitano de Lisboa

A organização ambientalista ZERO fez um apelo ao Governo para que seja feita uma faseação do projeto de expansão do Metropolitano de Lisboa. O objetivo é evitar a perda de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e apostar na eletrificação do transporte rodoviário coletivo. A ZERO destaca que existe um risco elevado de as obras de expansão das linhas Vermelha e Violeta não ficarem concluídas até o final de 2026, o que poderia comprometer o financiamento proveniente do PRR.

O financiamento previsto pelo PRR para o Metropolitano de Lisboa é de 400 milhões de euros para a expansão da Linha Vermelha e 250 milhões de euros para a Linha Violeta, num total de 650 milhões de euros. No entanto, a ZERO identifica graves deficiências nos projetos, nomeadamente na articulação com a atual rede ferroviária e de metropolitano. No caso da Linha Vermelha, a inexistência de interface com a estação ferroviária de Campolide é apontada como um problema estrutural. Já no projeto da Linha Violeta, o interface com a Linha Amarela em Odivelas é considerado ineficaz.

Para contornar estas questões, a ZERO sugere que os projetos sejam divididos em duas fases, de forma a otimizar a articulação dos diferentes modos de transporte público. A primeira fase poderia ser executada até ao final de 2026, ao mesmo tempo que se ajustam os projetos para melhorar a eficiência dos interfaces. No caso da Linha Violeta, a organização propõe que o projeto incida apenas no troço entre Santo António dos Cavaleiros e a estação de metro de Odivelas, melhorando o interface com a Linha Amarela.

Além disso, a ZERO defende que parte do financiamento destinado à expansão do Metropolitano de Lisboa poderia ser realocado para a eletrificação do transporte rodoviário pesado de passageiros. Esta medida contribuiria para promover a mobilidade sustentável e reduzir as emissões de gases poluentes. A organização destaca a importância de respeitar a quota destinada à ação climática no âmbito do PRR, garantindo que pelo menos 37% das verbas sejam dedicadas a este fim. A proposta da ZERO visa garantir a eficiência e sustentabilidade dos projetos de expansão do Metropolitano de Lisboa, promovendo uma mobilidade mais limpa e eficaz para a região.

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