Resumo: Luís Montenegro acredita numa redução do IRC com impacto inferior ao previsto
Num “ato de fé”, Luís Montenegro acredita que a baixa do IRC possa ter um impacto menor do que o previsto. O primeiro-ministro considerou que a medida possa vir a ter um “impacto inferior” ao que está estipulado: 500 milhões de euros por ano.
Uma “fezada” nas palavras de Pedro Nuno Santos, que no final do debate ironizou ao dizer que Montenegro acredita que reduzir “1500 milhões no IRC vai ter um efeito virtuoso de colocar as empresas a pagar ainda mais”. O secretário-geral do PS admitiu que as propostas do Governo para o IRS e o IRC, “tal como as conhecemos, são muito problemáticas”. Ainda assim, vai para a “conversa” de “boa-fé”.
Para a restante esquerda, a baixa do IRC é uma “borla fiscal” às grandes empresas. “É uma opção ao serviço dos grupos económicos que custará ao País 4500 milhões de euros nos primeiros quatro anos”, considerou Paulo Raimundo, do PCP.
Rui Tavares, do Livre, critica a “utilização do excedente orçamental”, uma vez que considera que está a ser “distribuído de mão beijada aos que menos sacrifícios fizeram”. “Esses 1500 milhões de euros fazem muita falta às pequenas empresas”, rematou.
Os impostos prometem ser um dos grandes braços de ferro durante as negociações do Orçamento, mas o primeiro-ministro está disponível para falar das medidas, principalmente no debate com a Iniciativa Liberal. “O Governo está aberto a poder aprimorar esse mecanismo [IRS Jovem], com o contributo de algumas bancadas e a sua seguramente poderá ter alguma coisa a poder acrescentar nesse domínio”, respondeu Montenegro a Rui Rocha, da Iniciativa Liberal.