A esquerda francesa promete nomear primeiro-ministro até ao final da semana.

Esquerda francesa promete nomear primeiro-ministro até ao final da semana

A coligação de esquerda que venceu as eleições legislativas francesas prometeu na segunda-feira apresentar o seu candidato à chefia do Governo até ao final da semana, mas ainda não há candidatos claros nem sequer foi definida a forma como será feita a escolha.

“Não vai ser simples, não vai ser fácil, e não vai ser confortável. Vai levar algum tempo”, admitiu Marine Tondellier, líder dos Verdes, um dos partidos que fazem parte da Nova Frente Popular (NFP), a aliança de esquerda que venceu as eleições, mas que não terá maioria no Parlamento.

Criada à pressa antes das eleições para tentar travar a extrema-direita, a NFP inclui partidos como os Verdes, o Partido Socialista, o Partido Comunista e o movimento França Insubmissa. Apesar da vitória, a coligação terá que negociar com outras forças políticas para garantir uma maioria parlamentar e conseguir governar.

Até ao momento, não há consenso sobre quem deve ser o próximo primeiro-ministro, com vários nomes a serem avançados pela imprensa francesa. O Presidente Emmanuel Macron, que fez uma coligação com os republicanos de direita para tentar travar a NFP, terá que lidar com um Governo de esquerda, o que poderá complicar a sua governação nos próximos anos.

A incerteza sobre a liderança do Governo e a forma como será constituído o novo executivo está a causar alguma instabilidade política em França, com a oposição de direita a criticar a falta de clareza da coligação vencedora. A Nova Frente Popular terá que agir rapidamente para apresentar um candidato forte e capaz de liderar o país num momento crítico da sua história.

Apesar dos desafios que se avizinham, a coligação de esquerda demonstra confiança e determinação em cumprir as promessas feitas durante a campanha eleitoral. Resta agora aguardar para ver quem será o escolhido para liderar o Governo francês e quais serão as medidas prioritárias a serem tomadas para enfrentar os desafios económicos, sociais e políticos que o país enfrenta.

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