Comissão Europeia espera reforço da frota de aviões Canadair em Portugal para prevenção de incêndios florestais
A Comissão Europeia espera que os dois aviões de combate a incêndios que Portugal vai esta quinta-feira formalmente adquirir, por 100 milhões de euros em verbas comunitárias, permita reforçar a frota e evitar fogos florestais como os de 2017.
Em causa está um acordo que será esta quinta-feira formalizado pelo Executivo para compra de dois aviões bombardeiros pesados de combate a incêndios que estarão baseados em Portugal e farão parte da reserva estratégica da Proteção Civil da União Europeia (UE), num total de 12 que Bruxelas financia com um orçamento total de 600 milhões de euros (para Portugal, Espanha, França, Grécia, Itália e Croácia).
“Tudo remonta a Portugal, em 2017, quando ocorreram incêndios muito grandes em que morreram cerca de 100 pessoas e quando se percebeu que não temos na Europa capacidades suficientes”, afirma em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
Numa alusão aos fogos florestais de junho e outubro de 2017 no país, que causaram mais de 100 mortos e 500 mil hectares de área ardida, Janez Lenarcic diz à Lusa que, nesse ano, “Portugal não tinha essa capacidade própria”, nem pôde contar com apoio de outros Estados-membros por falta de disponibilidade de meios.